quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DRINK ME

"15. Por falar em bares , minha bebida preferida é a vodka. Não curto ficar embriagada mas gosto de beber com amigos e de preferência comendo um bom tira-gosto. Nesses momentos fico mais leve e descontraída." Do post 25 coisas sobre Alice. 

Momentos bons regados de vodca dão o que falar... E quando não se precisa de bebidas para isso? Muitas vezes me achei no epicentro do incômodo, sem poder usar o álcool como desculpa. Pelo contrário, no início, ele parece ser a solução para a falta de adequação, a insegurança, a inibição. Sinto-me mais leve , mais sólida , menos amarrada pelos meus medos inconscientes. E nessa armadilha muitos TDAs se perdem no mundo das drogas. A incidência de dependentes químicos que descobrem que tem o Transtorno é enorme pois , na verdade, além de procurar ocupar o vago ou esvaziar o tumulto, ou até mesmo se automedicar , eles acabam mergulhando num caminho de destruição e dor ainda maior. Nós sentimos e queremos demais tudo agora mesmo e as drogas deixam a sensação de que podemos tudo. Sempre tive muita sorte em ter tido uma boa estrutura familiar para me dar o suporte que precisava, mas infelizmente, algumas pessoas caem nessa armadilha tão sedutora. Talvez tenha sido também pelo fato de eu ter tido um pai alcoólatra que me serviu de exemplo para o que eu não queria ser, mas o fato é que o álcool não me enche os olhos. Gosto de beber uns drinks com bons tira-gostos e boas companhias. Gosto de cozinhar ao som de uma boa música e curtir o dia sem passar mal no outro dia , mas devo confessar que nem sempre tenho esse controle, assim como em muitas outras coisas. A relação com a bebida sempre foi a de usá-la e  não o contrário. Mas admito que, principalmente pra quem é Alice, é um flerte perigoso demais para quem já não tem os pés presos no Planeta Terra.